Ato de confissão

Deságuam na tarde versos de alguma tristeza

São versos de fim de estação

Versos de águas incertas

Nem de outono nem de verão.

São versos de águas passadas

Servidas, quase paradas

Versos de solidão.

O tempo urge, ruge e passa

Na terra, sujo as mãos

E este ato me alegra.

Sob o sol que me abraça e me banha

Na melancolia que me enlaça e me cerca

Detenho a vida, para dar vida à flor.

Beijo a todos!

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 14/03/2018
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