Penitência

O retrato estava lá: preto e branco!
Em tom saudoso, que também refletia,
no fim do dia, o canto da Ave Maria...
E sempre uma lágrima do rosto escorria...

Longe, apenas longe, os translúcidos
vitrais, do meu ditoso coração,
reverberam a saudade da minha terra
que me acolheu e hoje pouco encerra...

Quanto custa viver esta lembrança,
que absorve, mas despreza, os entulhos
que colhi nesta vida que me coube?

O cansaço da vida é um fardo
e passa pelo meu anjo da guarda...
Que me orientou neste encargo...