Paraíso particular

Paraíso particular

Na minha simplicidade

Felicidade é uma tarde

O sol tomando banho na chuva

Os pássaros voando e cantando pelo quintal

Crianças soltando pipa na rua

Logo após o sol se secar ao natural.

E fica aquele cheirinho de terra molhada

Qué se mistura com o cheiro de café que vem da cozinha

A tarde assim termina

Um lanche com conversa fiada

Toco meu violão olhando a Serra lá em cima

Carros passam lentamente

Na beira de minha estrada

Tão longe estão de mim ou de sua chegada

Cada um rumo ao seu destino .

Mas eu tô aqui .

Onde me sinto bem .

No meio do nada.

Minha casa de campo

Na esquina da probabilidade

De frente,pra possibilidade

Eu abro a janela ao amanhecer

E recebo o dia do jeito que vem

Colhendo o que plantei

É bem verdade que me faltam frutos

Más isso não é tudo

Perto de tudo que já passei

Enfrento o mundo

Do jeito que posso

Do pouco que eu sei.

Na minha simplicidade

Não fujo da lei

Vivo de acordo com os passos que dei.

Sei bem o que me fez calar

E o quanto já gritei.

Mas a verdade é que me faltam sorrisos

Pra compensar o que já chorei.

Esse recanto ,meu aconchego

Fica longe das impurezas do mundo

Desprezo automático a mesquinharias e contendas

Um paraíso particular

E não há ,no mundo ,quem o compre ou venda.

Não tem fórmula sua essência

Nem há ciência

Os humildes de coração

Habitam nessa residência.

Onde custa muito pouco

O preço de nossa existência.

Mabel Junger
Enviado por Mabel Junger em 08/03/2019
Código do texto: T6592808
Classificação de conteúdo: seguro