Meteoritos

Minha voz é muda quando falo de mim
e meu destempero fala mais alto que eu...
Não abro minha vida ao báratro, por fim,
mas se ele está no caminho, não é no meu...

Preciso ser eu mesmo no cara a cara,
enquanto minha vida se escancara.
Do mar, me socorro mas preciso um rumo
que leve a mim e que seja o meu prumo...

Não adianta controlar o tempo,
nem fazer do Sol Betelgeuse,
pois a chuva de estrelas é aqui...

O mais é remorso, expectativa de dor,
meandros, curvas e labirintos
que me partem em pedaços e em cacos eu vou...