UM ROSTO PERDIDO

O azul traduz a beleza do céu;

Com suas nuvens de algodão branco;

Doce como o mel;

E o silêncio da minh'alma ensurdeceu;

Ponho-me a chorar em pranto rios;

Mas, eu agradeço terno e eterno;

Pela fadiga das trovas a serem cantadas;

Nos campos verdes dos meus olhos castanhos;

Sereno vejo a partida no assobio;

Ao longe, distante, os rouxinóis em cores bailam;

E sinto-me profundamente triste;

Nesta tarde de outono;

E, depois do adentrar na noite...

Uma solidão negra me consome n'alma;

Sinto-me só e tristonho;

Na melancolia que me consome;

É-me o vazio por alguns momentos;

E fica feliz pela tua presença...

És o horizonte perdido em mim;

Estendo teu triste véu cinzento;

Com palavras faladas em melodia;

Neste anoitecer de lua de jasmim;

Cada nota musicalizada com seu camposo;

Podes Falares das águas que envolvendo-me ao envolver-te em mim...

Água do mares, dos rios, açudes, lagoas, cachoeiras...águas!

Criavas versos, prosas, poesia, versos...poemas e dilemas!

Lidos, relidos, vividos...

Mas, o horizonte ficava distante;

Cá! Acolá! Ali!

O céu chorava em prantos;

O que havia em lágrimas;

O recomeçar em cinza já esquecido;

Em um bom começo;

Para sentir o mel;

Sabor da vida;

Soprado por uma flauta

Que tu trouxestes em boca;

Enquanto eu expressava com candura

O amargor triste da minh'alma:

"Há lugares para todos nesta vida entre o joio e o trigo";

Tu falas palavras aos ventos;

Metáforas entrelaçadas nas entrelinha;

Depois estás despido;

Desnudo do tempo criado;

Caiado pelo chão sofrido!

Só resta-me aconchegar-me em ti;

Céus, o dia foi cansativo!

E por ti morada...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 09/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6691557
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