Fantasias provincianas ( Ou Fechem as cortinas!)

Do luxo ao lixo,

virei carrapicho

sei que o melhor se foi...ora, capacho sou.

Minha maquiagem borrou...de tanto que chorei..

...rimel na boca,

batom nos olhos...

alguém viu de perto o que eu falava

e tudo acabou

ou alguém beijou meus olhos e me cegou...

Você ouve? É mozart!

Meus putos não estão mais comigo

meu pitos jazem arriados

não sinto mais o gosto molhado

não tem mais pizza, pois tudo já é.

não há chuva sequer que me molhe

nem toalha sequer que me seque

é um desalento só...durou tão pouco...mas eu ri demais!

vejo o espelho embaçado agora

um pouco do que eu era

ainda há mais dor a sentir, será?

Sorrindo para lagartas?

O que sou sem meu brilho?

Quem eu sou sem minha maquiagem?

O que quero além de minhas fantasias?

Pra onde vou além de onde eu estou?

O que será que te fiz, oh mestre dos magos?

Do ouro e da prata me desfiz...

Diamante já não sou mais...

ou pra quem sou pouco importo.

pouco importa o que sou, já não sou mais

pouco importa quem não sou, já não tenho mais

pouco importa onde vou, ninguém virá atrás...

Leve-me grande mestre pro seu labirinto de fantasias,

onde eu possa viver outra vida, igual a que eu vivia...

devolva minha maquiagem

devolva minhas asas

Devolva meus encantos de Ouro e Prata...

...mesmo sem metal algum.

ah, e por último, não esqueça do meu brilho de volta

ou apague a luz e feche a porta

O show acabou

as flores estão no jardim

deixei as sementes na mesa...

apaguei o fogo

o cigarro acabou

a cerveja esquentou

e tudo enfim, esmereceu em mim,

até breve...até logo ou até o fim?

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 21/08/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6726019
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