Andando...

Caminho em direção ao portão.

Cada passo, um risco, um pedaço meu no chão...

Devagar vou me aproximando, e meu coração acelerando...

Quero e não quero chegar!

Olho as arvores da rua, quietas me observam...

Sei no pensam...

A lua me segue, e também nada diz...

Vou, sinto uma leveza em meio a tantos fardos...

Que estou deixando pela rua, insisti em carregá-los por muito tempo!

Mas agora, agora não os quero mais!

Devo continuar, mais perto estou!

Meu pensamento vai voando em mil lugares!

Paro, espero, pondero!

Nada nas mãos, abertas soltas e leves!

Fui longe, deixei meu corpo ereto, e voei no tempo!

Agora volto a ele.

O vento balança meus cabelos!

A calçada a minha frente, devo entrar!

O portão de sempre, mas eu?

Diferente!