Ausência declarada

Oh , radiosa manhã !

Oh , noite que adormeceste !

Não sei porque permaneço acordada ,

Talvez não saiba porque desapareceste .

Povoado por ti ,

Meu pensamento sobrevoa ...

Oxalá o vento te trouxesse até aqui ,

Onde o passar do tempo me magoa .

Afirmas a tua ausência

E abres em mim uma fenda ,

Que deixa penetrar

Toda e qualquer impureza .

Aquando o teu regresso ,

Pedes-me que entenda

O porquê da tua incerteza .

artescrita
Enviado por artescrita em 19/12/2005
Código do texto: T88415