Ausência declarada
Oh , radiosa manhã !
Oh , noite que adormeceste !
Não sei porque permaneço acordada ,
Talvez não saiba porque desapareceste .
Povoado por ti ,
Meu pensamento sobrevoa ...
Oxalá o vento te trouxesse até aqui ,
Onde o passar do tempo me magoa .
Afirmas a tua ausência
E abres em mim uma fenda ,
Que deixa penetrar
Toda e qualquer impureza .
Aquando o teu regresso ,
Pedes-me que entenda
O porquê da tua incerteza .