São Mães
Poeta Devany
Magros rostos sofridos,
crianças pendendo nos braços,
os seios disformes, caídos,
pioram seus corpos, seus traços.
Cadê a vaidade
que fingem não ter?
Já esqueceram da idade
que parece não haver no sofrer?
Em fila indiana
suas proles vêm vindo,
às mãos que os chamam,
chorando e seguindo.
Nem penso e critico
quando pedem alguns pães.
O Silêncio me cala:
Respeite, são mães.
(do livro Alguns Versos, Talves Poesias... - Poeta Devany)