Bem vinda!
Maravilha é senti-la despertar em peito meu!
Quanta falta senti, de saudades quase morri!
Ah, aquece coração meu e só o faz sorrir!
Sob as trevas de ser insensível vivi!
Mudei-me e no medievalismo adormeci,
- malditas lágrimas dementes de olhos meus!
Então dos séculos preso eu desperto.
Sinto agora teu ímpeto rabiscar incerto
verbetes concretos em papel. Confesso:
Por causa de vis atitudes sem nexo
de corações femininos fadados ao sofrer eterno
acorrentei ave imponente de amor materno!
Ah, mas quem me dera saber privar-me da chama
que cresce em sentimentos e música de poema
e que, trêmula, voz minha proclama
E grita, chora, berra e - graças a Deus! - anuncia:
Tu, inspiração minha, poética companheira flama,
será imortal nas palavras deste poeta que nunca cansa!