Quisera exultar a dor...
Eu quisera falar em dor
Como fazia Allan Poe*
Ah quem me dera...
Exultar dores vim,
Mas o amor que há em mim
As renega.
Se na alma há feridas,
Minha Fé as regenera
Aos obstáculos do caminho,
A determinação em seguir
Supera.
Sei, há guerras a enfrentar...
Não tenho o que temer,
Sou fera.
A morte pode ter mostrado
Ou insistir em mostrar, sua face.
Mas a sede em viver,
Me Cega.
Confesso que houve solidão,
Monstruosa como quimera...
Mas assim como a libélula,
Foi efêmera e quando vi...
Já não era.
Dos horrores que há aqui,
As belezas que vivi,
Liberta.
Como me entregar à escuridão das Trevas?
Se é luz que brilha em mim,
Etérea