Meu Mundo

Meu mundo

Vou criar um mundo só pra mim. Um mundo em que não hajam escolhas.

Nem preferências, só respeito, só decência, só mais amores...

Um mundo que me faça sentir feliz, sem constrangimentos no sentir

Nem que seja um mundo do faz de conta, cheio de amor nas emoções

Que me enlevará aos infinitos dos meus ansiares, meus céus, meu coração...

Será um mundo somente meu, com poesias a me ofertar cânticos do luar

Verei luas cheias de tanto amor, luas novas pra me encantar ao cantar

Letras de melodias que vêm me dar lições de saudades e me consolar

Será meu firmamento cheio de ternura, luzes puras de imensidão do amar

Refletindo dentro do meu coração. Ninguém poderá ofuscar todo meu sonhar...

Terá cantigas de roda, histórias de fadas benditas, de anjos que cantarão

Músicas que me darão paz, que me afaguem meus ais, que me rimem mais

Nas minhas poesias, meus sonhos de muralhas floridas a se descortinarem

Em todos meus sonhares, meus desejos meus amares, em sintonias que vão

Em toda imensidão dos meus ares, brisas que fustigarão vida ao meu coração...

Meu mundo será tranqüilo, que a paz se recusará a ser só a sombra desse querer

Empunhando cânticos, sussurrando ventura, amealhando minha felicidade ao chegar

Que amores do mais puro amar me atordoe e me envolva comos os passarinhos

Que leves deixam seus ninhos, voando em seus céus divinos, magia do libertar

Livres, soltos, comunhão celestial, em bandos coloridos, epopéia do poder voar...

Meu mundo será de sonhos, de rítmos, de melodias suaves, eternizando ilusões.

Não entrarão bruxas maldosas, seres raivosos, nem diabos pra me incomodarem

Nem gritos a me enfurecerem, nem mentiras de falsos amigos a me assustarem

Quero não precisar trancar portas, cerrar janelas, no isolamento poder me manter

Só quero luz, nada de escuridão, serenidade nada de confusão no meu chão...

Quero brincar de ser criancinha, pular corda, brincar de roda, fazer cirandinha

Brincar de gangorra, pique no alto com meus amiguinhos, quero ser menininha

Se alguém quiser me visitar, que venha assim tão devagar, respeitar o meu morar

Quero sonhos de valsa dolentes de salão, cantigas cantadas, rimadas no poetar

Que venham todos estou convidando todos, entrem que a casa é de vocês agora...

Myriam Peres

Myriam Peres
Enviado por Myriam Peres em 08/05/2007
Código do texto: T479231