EU NUNCA SAÍ DE CASA

Eu nunca saí de casa

Dois irmãos, sete irmãs

Faziam-me viver vidas

Novas todas as manhãs

E assim cresci gregário

Citadino meio agrário

Sem precisar de divãs

Não fui dado a talismãs

E desprezei o império

Fui um tanto pragmático

Sem melindres, sem mistério

Sem catarse, euforia

Porém veio a poesia

Para me tirar do sério