FOTOS DA MANSÃO
Vejo na revista, as fotos da bela mansão,
seus donos devem ter carros e avião,
tanto dinheiro, luxo, penso, existe lá.
Mas então pergunto,será que são felizes?
Como eu, ouvindo o canto das perdizes,
acho que prazer em viver existe mais cá.
Moro no sertão,
sou um ermitão,
tenho aqui o sabiá.
Dura pouco suas vidas,vivem na poluição,
vivem cercados,ameaçados por ladrão,
e nunca viram a bela flor de um maricá.
Nunca ouviram o belo canto do rouxinol,
e nem sequer conhecem o nascer do sol,
só veem cimento, eu vejo o jacarandá.
Eles vão ao litoral,
eu vou no milharal,
para ver o tracajá.
Um mundo de luxo,na tremenda moradia,
a decoração da casa deve ser um tesouro.
Eu tenho, mas eles não deve ter a poesia,
nem o vagalume,nem a coruja, o besouro.
Jogo a revista no fogão,
que em chamas crepita,
gosto da vida no sertão,
sou rico, sou eremita.
Vejo na revista, as fotos da bela mansão,
seus donos devem ter carros e avião,
tanto dinheiro, luxo, penso, existe lá.
Mas então pergunto,será que são felizes?
Como eu, ouvindo o canto das perdizes,
acho que prazer em viver existe mais cá.
Moro no sertão,
sou um ermitão,
tenho aqui o sabiá.
Dura pouco suas vidas,vivem na poluição,
vivem cercados,ameaçados por ladrão,
e nunca viram a bela flor de um maricá.
Nunca ouviram o belo canto do rouxinol,
e nem sequer conhecem o nascer do sol,
só veem cimento, eu vejo o jacarandá.
Eles vão ao litoral,
eu vou no milharal,
para ver o tracajá.
Um mundo de luxo,na tremenda moradia,
a decoração da casa deve ser um tesouro.
Eu tenho, mas eles não deve ter a poesia,
nem o vagalume,nem a coruja, o besouro.
Jogo a revista no fogão,
que em chamas crepita,
gosto da vida no sertão,
sou rico, sou eremita.