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CHUVA
(Sócrates Di Lima)

É tarde de fevereiro,
lá fora a chuva cai forte,
Parece que assim será o dia inteiro,
Para a natureza, um dia de sorte.

Tão bela é a chuva de porvir e benção,
Que se derrama sobre a flor com alegria,
Desperta os anseios do coração,
E faz do agora ser uma poesia.

E aqui no meu canto sozinho,
Em meio ao meu oficio,
Vejo seu sorriso no meu caminho,
Ao longe, lindo, sem artificio.

Ouço essa voz quase rouca,
Esse seu jeito timido de ser,
Gestos e movimentos de boca,
O seu passado faz-me conhecer.

Vejo em você uma mulher judiada
Bela, simples, e um olhar triste e profundo,
Seu sorriso escondendo uma lágrima chorada,
De repente faz, no pensamento, um sentir fecundo.

Tenho tambem o meu passado bom e triste,
Não sei se ele me condena,
Mas o seu, traz um sofrer que persiste,
Num mundo em que as mudanças entram em cena.

E assim, temos que viver o presente,
Deixar o passado lá onde está,
Pois ele é um espinho que fere e sente,
tão profundo que nada de bom restará..

Por isto deixemos o passado distante,
E dele façamos um trampolim para o futuro,
Esqueça as mágoas, siga a vida doravante,
Para que o hoje nos faça um ser maduro.

E assim a chuva que la fora cai,
Traz nostalgia, talvez tristeza, enfim,
O que importa é que de dentro sai,
Uma vontade louca de amar você em mim!



 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 05/02/2021
Reeditado em 05/02/2021
Código do texto: T7177178
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