Meu amigo...

Meu amigo, a pouco me disse

Estar fechado em si mesmo

Tudo está sem sentido

Algo mudou, e as coisas

Não voltam a ser como eram

Amigo, estive triste

Por um longo tempo não vi as flores

O vento passava, e só passava

E com indiferença eu olhava

As coisas que me entretiam

Meu amigo, aqueles sonhos eternos

Da juventude apagaram-se com o tempo

Deles só sobraram cinzas

E, nem a sua voz insistindo

Em dizer que eles existiam

Fizera-me ver

A dor é passageira

E quando passa, os sonhos voltam

Tão eternos quanto sempre foram.

Você tinha razão, amigo,

Conhece-me tão bem

E nunca perdeu a esperança

Um dia aquela nuvem pesada sobre mim

Lavou os meus olhos

Ressurgi mais forte na luta

Por meus ideais.

Por isso, lhe digo

Ainda que duvide,

Não sinta e não compreenda,

O que vive é passageiro

Amanhã o sol terá aquele brilho

Que tornava a vida feliz...

Graças a você

Superei o que me compungia

E posso afirmar, com certeza

Que você pode muito:

Se pôde levar a paz a um amigo,

Quanto não será capaz de fazer por si mesmo?

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 03/11/2006
Código do texto: T281496