Visita
Visita
Quantas vezes, sim quantas,
Programamos uma visita,
Mas depois, á pás das tantas,
Não a fazemos, coisa esquisita.
A desculpa surge por magia,
Não pudemos ir, não era o momento,
Prometemos que vamos noutro dia.
Ah, como semeamos o afastamento.
Já se passaram tantos meses
E a visita continua por fazer,
Já prometemos nem sei quantas vezes.
Mas amanhã vamos de certeza.
A noite acaba por nos surpreender
E a morte chega com toda a frieza.
Francis Raposo Ferreira