Ao meu querido Luis Alexandre

Comuns as circunstâncias em que nos vimos,

você há de lembrar bem, até.

Sem apresentações, sem ois,

sem cumprimentos ou canções.

De repente, pedagogos momentos,

entendimentos e minutos para o café...

- "E bons colegas nos fizemos",

pelo convívio intelecto e pelas convenções

Entre carteiras, cansaços e sorrisos da gente,

fomos nos permitindo como pessoas crescidas.

Tendo um conhecimento recíproco em mente,

dia a dia fomos nos confessando inconformados

com as histórias enviesadas, com equívocos e injustiças.

E entre testemunhos, desabafos, confiabilidade total,

fizeram-se doces rotinas nos encontros literais,

- "e bons amigos nos tornamos."

Mas um dia, findo aqueles fraternos encontros,

pensei na distância abissal que a tudo impõe.

E quando a saudade aperta, algo inesperado acontece,

ele fixa os negros e brilhantes olhos na tela,

e sua espiritualidade vem diante dos meus escombros.

Com suas palavras de esperança me recompõe.

Torna meus dias iluminados quando anoitece,

- "Como bons irmãos que hoje somos."

Um colega se faz pelo convívio

Bons amigos se faz pela cumplicidade

Verdeiros irmãos se faz pela espiritualidade

São as três fases que marcaram nossa vivência,

as quais, com orgulho descrevo nestes versos.

É um cavalheiro, um protetor, um amigo

que me falou da importância da amizade

que me curou do medo de abraçar.

Hoje é uma Sereníssima balada;

é meu mais sereno vício;

é a força da fé, entoada.

Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 11/07/2015
Reeditado em 05/01/2017
Código do texto: T5307945
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