Eterno Amor

Eterno Amor

Dissipam-se todas as palavras

Na sombra erma do poente.

Ao longe, um sentimento se demora.

No último murmúrio do entardecer

Os barcos do pensamento

Navegam nos braços do recordar.

Em dias como este escolhe-me a solidão

Em silêncio, aconchega-se em meu olhar

Selecionando o álbum que apraz

Ser folheado por meu coração.

Não há tristeza, dor ou lágrima,

Quando a fragrância da saudade

Embevece todos os meus sentidos

E tu te fazes companheiro

Da sozinhez dos meus versos.

Neste mundo invisível que me acolhe,

Não há portas e nem fronteiras,

Mas apenas os teus passos

É que poderiam percorrê-lo.

No mais íntimo de mim,

A nostalgia que tanto me espelha.

Em momentos assim,

O silêncio do teu nome

Pousado em minhas mãos

É quem melhor responde

As perguntas que nunca me fiz.

Hoje é a tua fotografia

Que revela o meu olhar...

© Fernanda Guimarães

Fernanda Guimarães
Enviado por Fernanda Guimarães em 06/06/2008
Reeditado em 25/08/2008
Código do texto: T1021996