Talvez seja a chuva...

Ah, quem dera não desejar estes mares

de ondas que oscilam em quereres,

de suspiros e desejos,

traduzidos por toques e olhares...

Distante se faz o tempo

de eras leves e felizes,

quando éramos ternos

e jovens aprendizes.

Onde deixei o amor?

Talvez, esquecido nos meus lamentos

entre as lágrimas da solidão

de noites vazias, sem calor.

A saudade é constante, nostálgica...

Saudade da adrenalina,

de sorrir por nada,

cantarolar versos sem rima.

É inverno neste coração,

neste corpo que aguarda

para ser primavera e verão,

sublimar nas águas do prazer,

arder no fogo da paixão.

Talvez seja a chuva que cai lá fora,

molhando com pingos ruidosos a vidraça,

fazendo-me sentir a hora,

a noção do tempo que passa,

sentir o desejo do amor

querendo voltar para casa...

Regina SantAnna
Enviado por Regina SantAnna em 22/01/2006
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