Sabia Eu, estar, completamente
Vagar nas madrugas sem destino
Virar fera indomada, ou ser menino
Ou mesmo jaz, inerte, como o
 
Sentir na alma o nada, e a condenação
E esperar mil lágrimas, a umedecer
A Clepsidra de Karnak, a envelhecer
A minha face enuviada, em retidão
 
Prostrar-me ao resto, ao manifesto
Da Clava, do punhal, do anoitecer
Clamando aos céus o amanhecer
Antes de sufocar-me e virar resto
 
SomenteTu, Luar, me trás alento
Varando as madrugadas, em desatino
Fazendo-me um eterno peregrino
Vivendo vida eterna...Num momento
O Guardião
Enviado por O Guardião em 26/06/2008
Reeditado em 02/05/2014
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