Seja Bem Vinda!

No cerrado, quando chega a estiagem

Quando as plantas e as fontes secam

E tudo fica tristemente cinzento

Quando tudo parece estéril,

Sem brilho e sem alegria

Quando um sentimento de desolação

De angustia e de desespero

Toma conta da alma

Quando tudo parece perdido

No meio do cinza e da tristeza

Por um milagre da vida

Um pequeno ipê desperta

Desperta e explode em flores

Explode em mil flores

Colorindo a paisagem cinza

Trazendo consigo o brilho,

A beleza e a esperança,

A graça e a alegria de viver

Seu retorno, na estiagem da minha solidão,

No meio da tristeza e da desolação

Da angustia e do desespero

É como o florescer de um pequeno ipê

Nos campos cinzas da minha alma

Sua chegada trás consigo

Toda sua alegria de viver,

Sua intensa luz interior,

Refletida no brilho do seu olhar,

Na beleza do seu sorriso

No fascínio do seu ser

Com seu retorno

Minha alma ganha luz,

Volta a se iluminar e a brilhar

Recupera a alegria de viver

Recupera a capacidade de amar

Realiza, uma vez mais,

O milagre da vida.

Seja Bem vinda,

“Ipê florido” da minha vida.

Kris
Enviado por Kris em 30/01/2006
Reeditado em 30/01/2006
Código do texto: T105881