Seja Bem Vinda!
No cerrado, quando chega a estiagem
Quando as plantas e as fontes secam
E tudo fica tristemente cinzento
Quando tudo parece estéril,
Sem brilho e sem alegria
Quando um sentimento de desolação
De angustia e de desespero
Toma conta da alma
Quando tudo parece perdido
No meio do cinza e da tristeza
Por um milagre da vida
Um pequeno ipê desperta
Desperta e explode em flores
Explode em mil flores
Colorindo a paisagem cinza
Trazendo consigo o brilho,
A beleza e a esperança,
A graça e a alegria de viver
Seu retorno, na estiagem da minha solidão,
No meio da tristeza e da desolação
Da angustia e do desespero
É como o florescer de um pequeno ipê
Nos campos cinzas da minha alma
Sua chegada trás consigo
Toda sua alegria de viver,
Sua intensa luz interior,
Refletida no brilho do seu olhar,
Na beleza do seu sorriso
No fascínio do seu ser
Com seu retorno
Minha alma ganha luz,
Volta a se iluminar e a brilhar
Recupera a alegria de viver
Recupera a capacidade de amar
Realiza, uma vez mais,
O milagre da vida.
Seja Bem vinda,
“Ipê florido” da minha vida.