DO QUE NÃO SE DIZ...
Na minha boca dormindo,
ainda é cedo.
Na tua voz se esvaindo, já
se faz tarde:
sirene, desapego, alarde.
Na minha boca mentindo,
ainda é saudade.
Na tua roupa caindo,
desejos parindo:
afinidades...
Nunca maldade, nem vaidade.
Na minha boca sentindo,
outra saudade.
Na tua boca silêncio...
nunca maldade, nem sanidade.
Insanos seremos...serenos:
sem vaidades.