A moça e o pecador

Amanheci...

Amanheço...

E amanhecerei com vontade

E instigante alarde

E louco desejo

De teus molhados beijos.

E um querer desenfreado

De, em ti, permanecer amalgamado;

E um tolo anseio

De fartar-me em teus seios.

E mais uma poética aspiração

De me diluir no vulcão

Que aprisionas entre as coxas

Coberto com os teus ares de casta moça.

Donzela comportada, pudica, de família,

Que entre quatro paredes me humilha;

Faze-me um pecador

Em constante posição de penitência.

Atônito feito um beija-flor,

Diuturnamente a sorver tua dulcíssima essência.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 24/02/2006
Código do texto: T115670