Ali!

Ali!

Onde os contornos da noite

Rebordam-se com as saudades

Ali chora minh’alma !

Posto que como rio

Contra corrente

Verto lágrimas em torrente!

Sem magoas e em solidão

Feito o vento passante

A varrer o chão!

Cavalgo o tempo

Em vagas recordações

Manso pasmo e lento!

Relembrando teu sorrir teu pulsar...

Noites de lua e estrelas...

Boca a me beijar!

Ali na tênue divisão

Entre a luz e a escuridão

Retumba meu coração!

Posto que ali, no relvado

Muitas das alvoradas

Nos pegou enamorado!

Assim quando meus olhos vão prali

Algo se aperta aqui

Não por tristeza ou dor

Apenas por amor!

Santaroza