Atônito

Estou atônito de desejo de me encontrar

Na perdição de sua escultura

E fazer deste tesão uma loucura

Quase impossível de se curar.

E depois do instante eternizado

Retornar à maratona de gozo

Até que a dia rompa o brado

Da noite de prazer em fogo.

Mas você se faz de tonta

Não entende a linguagem

Do corpo já em agonia.

Saíba que antes que o tempo rompa

Careço tanto de sua imagem

Despida, minha santa Maria.