Despedidas

Não gosto de despedidas,

elas são sempre sofridas,

prenúncio de solidão,

um gosto amargo de saudade,

como um barco que à deriva,

se perde na eternidade.

Não gosto de despedidas,

tem cheiro de flores mortas,

são tristes como um céu sem estrelas,

tal qual um viajante em noite escura,

desesperado batendo em vão em uma porta.

Não gosto de despedidas,

elas me fazem sofrer,

trazem a certeza que para sempre,

mesmo que eu não te conheça,

nunca irei te esquecer.

Não gosto de despedidas,

sinto minha alma vazia,

o vento sopra frio, gelando minha agonia

de que ao menos tu saibas,

do quanto eu te admirava.

Não gosto de despedidas,

sinto a verdade da vida,

que fatalmente um dia nos vai separar,

o "desconhecido" que nos espera chegar,

o ocaso de uma estrela,

sepulcro do verbo amar.

Site do autor:

www.luzdapoesia.com

FalcaoSR
Enviado por FalcaoSR em 17/04/2005
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T11781
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