Ao que não pode chegar

Ao que não pode chegar

Abracei-te muitas vezes

No silêncio deste começo de espera

E em meio à solidão deste amor

Aconcheguei-te no colo de muitos sonhos

Mesmo sabendo não haver esperanças para ti

Teu sorriso jamais me pertenceria

Nem eu ouviria meu nome em teus lábios

O mundo não conheceria a marca dos teus passos

Nem tu iluminarias as estrelas

Com o brilho do teu primeiro olhar

Jamais te levarei pelas mãos

Para descobrires a estrada dos sonhos

Seremos sempre mistério um para o outro

Teu olhar não irá colorir o primeiro raio de sol

De todas as manhãs em que fingi não te aguardar

Eu não pude te contar que foste porto seguro

Quando a minha volta tudo era mar revolto

Tu não soubeste do entreabrir das minhas mãos

Quando te anunciaste à minha vida

Hoje eu queria que o meu coração

Adormecesse pulsando em ti

E que sorrisses envolto por todos os abraços

Que jamais poderei te dar...

Fernanda Guimarães