nosso amor morreu afogado?

no efêmero espelho das águas silentes

que lavam e levam sementes de lágrimas

ao cais onde aportam inúmeros sentimentos,

percebo teus olhos sem o brilho de ontem, sem o amor de ontem

e com a dormência própria de quem se exauriu da vida...

contudo, se os ventos aludem à impetuosa força do medo,

o meu próprio olhar nota um sentido profundo nas águas que te afogam,

e quando emergires mais forte e dona de um amor mais puro,

ainda estarei lá, no exato ponto onde nossas vidas afundaram...

Clóvis Luz da Silva
Enviado por Clóvis Luz da Silva em 05/11/2008
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