Traduzindo o amor

Na ânsia de entender o amor e meditando sobre ele, lancei-me ao desafio de tentar traduzi-lo.Cheguei à seguinte conclusão: O amor pode ser como uma flor silvestre que, sem ter sido plantada, nasce nos lugares mais inóspitos e áridos. E ali permanece, indiferente ao calor, à seca, ao frio ou à geada; e nem mesmo a força dos vendavais da vida cosegue destruir sua beleza ou arrancá-lo do seu lugar. Mas, por outras vezes ele me parece tão frágil e delicado como aquela rosa que nasce no jardim de nossa casa e que se não receber cuidados e atenção, não resiste às intempéries que a vida o expõe. Pensando bem, a fragilidade ou resistência do amor depende de quem o procura. Se houver em nós a coragem de fazer escaladas, descer vales, atravessar desertos e enfrentar perigos para encontrá-lo, então conheceremos um amor forte e inabalável, fruto da nossa perseverança. Mas se queremos encontrá-lo, e as mudanças climáticas da vida nos assustam e amedrontam a ponto de nos recolhermos no refúgio apertado, porém confortável do nosso egoísmo; quando o mau tempo passar e sairmos do nosso abrigo, encontraremos um amor frágil e moribundo que murchou por falta de nosso cuidado e atenção. É, acho que assim é o amor:depende de nós.

Elaine Monte
Enviado por Elaine Monte em 10/11/2008
Reeditado em 03/08/2018
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