Sede de tudo

Sede de tudo, sede se viver,

Sede de fazer, sede de olhar.

O mundo pára para ser,

e eu paro de amar.

O relógio conta o tempo,

eu somente conto contigo.

Viver? Ainda não sei se consigo

e as memórias voam com o vento.

Sinto-te, mundo, por fim!

Sinto-o e espero-o e quero-o.

Mas apenas a viagem importa,

e não sei se volto a mim.

Acorda, acorda-me!

Vive e sente, vibra na noite.

Grita. Salva-me!

Salta e respira, de que vale a pena a vida,

se a vida não descansa,

e se eu não estou aí contigo?

Tenho sede de tudo,

Mas não há água neste deserto.

E a única miragem és tu.

dreamcatcher
Enviado por dreamcatcher em 25/03/2006
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