PONTA DOS DEDOS*
Se a tua mão me estrangula,
eu gosto...
Se a tua gula me implora,
eu aposto...
Se a minha sede te engole,
eu sinto o gosto do teu
corpo, absinto...
E eu sinto, eu sinto muito:
As pernas bambeiam, as
mãos tateiam a luz do teu
retrato...
Eu fecho a porta do quarto,
acendo a ponta dos dedos;
Esqueço os meus medos...
Eu preciso te achar, te acomodar
em mim...