Não há de ser nada
E quando as manhãs chegarem frias
E o escuro da noite parecer persistir
Não há de ser nada
Porque a noite é só uma pausa
E o vento frio, repentina falta
Que você me faz
E quando no passar das horas... do dia...
Só as lembranças de ti me servirem de companhia
Sei que não há de ser nada
Porque esse amor é sentimento que cala
A solidão gris que outrora existia
E quando a saudade sufocar meu sossego
E eu chegar a sentir em mim o teu cheiro
Bem sei que não há de ser nada
Que o nosso amor não retrate...
Que o nosso desejo não supere...
Que o nosso querer bem não apague...
O tempo que longe ficamos um do outro
(...)
E todas as formas de distância
Que possam ameaçar desfigurar o que desenhamos
Eu bem sei que não há de ser nada
Que abale o alicerce de flores perfumadas
Que aos poucos em nossas almas foram plantadas
Porque também sei que esse amor bem-querer
Não há de ser nada... a se temer
E há de ser tudo...entre eu e você.