A PELE DO POEMA

...E parece que me guia,

e até parece que tem

pele este poema.

E até o vento que parece

ser tão forte em ventania,

Planta em miúdos sons,

que é tão doce essa agonia.

E até padece uma lua,

tão despida, enclausurada...

Ela assume ser só tua,

se despedindo na chegada.

E até parece que faz falta

ser a dona do teu corpo,

ser o galho que se enverga,

ser tua boca em verso louco.

E até parece que o abuso

desta palavra que eu uso,

pinta meus dedos frágeis:

te arranhando em tatuagens...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 02/12/2008
Reeditado em 16/11/2009
Código do texto: T1315273
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