Receita

Há que exercitar a paciência,

Muita tolerância, muito de paz

Adquirir algo de complacência,

Deixar muitas mágoas pra trás

Por amor à vida

Por amor a ela, acredite,

Não vamos estressar ferida

Nem desenvolver uma gastrite!

Tem que aprender a descarregar

Todo e qualquer aborrecimento

É fundamental confessar,

É necessário esse momento.

A vida já ficou tão dura,

E feia (e boa de porrada).

Ela te acerta sem o menor dó

E se a cara não está preparada,

A dor vem, e de uma vez só.

Então, companheiro...

Fazer o quê?

Tem que ser ligeiro.

Tem que compreender.

Tem-se que respirar bem,

Reinvidicar todo o ar.

Tem-se que andar também

E aprender em volta-olhar

E no trânsito dos seus pés

Na poeira que flutua

Estar atento ao revés

Estar de olho na rua

E amar, também.

Amar a si, sem medo amar

Amar o mar, o mato

Amar de fato, Amar com jeito.

Amar com respeito.

E depois de amar, depois de tanto

Exercitar o amar, vá pro seu canto

E ame alguém.

Um dia você aprende.

E eu também.