NA CALADA DA NOITE
Na Calada da Noite
Na calada da noite, enquanto o sono não vem,
Tão triste e não amada, minha fala dispara
Frias palavras, e me vem rochosos pensamentos
No peito dolorido prestes a quebrar...
Para onde foi aquele amor?
Onde está aquele carinho tão doce
Como as entranhas de um favo de mel?
E aquele olhar tão longo e meigo de outrora?
Na calada da noite, enquanto o sono não vem,
A cabeça pesada, os olhos marejados de dor
Aguardam uma promessa de amor
Que talvez não volte outra vez...
Dói, dói muito estar só...
Dói, dói muito sentir o silêncio, o vazio interior...
Dói, dói muito não fazer mais parte,
Não ter mais o seu amor...
Só sentir o vazio...
Só sentir a dor...
Só sentir que não dá mais...
Só sentir que a indiferença é real...
A dor que atormenta e exala fétido odor...
Dilacerando a alma acovardada,
Sem enfrentar o que está para acontecer,
Deixando que a última gota de esperança seque...
Mas, ainda resisto! Não quero me entregar!
Anseio o raiar de um novo dia,
Onde o sol voltará a brilhar com todo seu esplendor
Que haverá explosão de luz, e o amor ressurgirá!
Das cinzas ele renascerá e brotarão novas
Esperanças benditas e ansiadas por toda uma vida!
E será tão grande, tão forte,
Que iluminará todo o meu ser!