Ciumes

Por ser anjo, podei suas asas.

Agora me condenas por priva-la de voar.

Por ser feiticeira, amarrei seus poderes.

E também me condenas por priva-la de enfeitiçar.

Por ser anjo és uma doce criança travessa.

Que tranquila e inquieta voa longe.

Mas ingênua, retorna dizendo:

Que foste encontrar com Deus.

Por ser feiticeira, és mulher manipuladora.

Forjada na ousadia dos seus desejos.

És tentação maliciosa e desafiadora.

Dosado nos misteriosos feitiços da sedução.

Por isso podei suas asas.

Para não mais, de mim, se afastar.

Por isso amarrei seus poderes

Para não mais, outro, enfeitiçar.

Errante Trovador
Enviado por Errante Trovador em 26/01/2009
Reeditado em 29/11/2014
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