ETERNAMENTE AMAMOS
ETERNAMENTE AMAMOS
Elizabeth Fonseca
Eternamente é que amamos,
Amores nós perpetuamos.
Na mística saudade infinda
O tempo trespassa a vida.
Incógnitas sem fim,
Novelos e labirintos,
Invasão de sentimentos.
Mil vezes sim, nós amamos
Nas eras dos desenganos.
Quanta loucura! Ferida
Que não cicatriza mais.
Mil vezes sim, nós amamos.
Nossa alma não tem idade,
Mas anula suas vaidades,
Na dor que fere e castiga.
São os mistérios do amor...
Almas afins... pulsação...
Nem sempre é livre o coração
Que retalha ao dizer não.
Partimos... sempre voltamos
Cometendo cruéis enganos.
Amamos... certos, seguros,
Vigiados por tantos muros.
Se de outras vidas lembramos
Somos a flor que fenece
Renasce em nova espécie
Para novamente florir
Porque... eternamente amamos!