O amor que procuro
Amo aquilo que não conheço,
logo, amo o desconhecido!
Amo as pessoas
que nada acrescentam em minha vida,
mas amo!
E se amo,
por que temer?
Amar faz parte da vida,
não só da minha,
Mas eu amo
e serei capaz de amar sempre!!
Estou disposta a amar,
mas somente quando
uma brisa suave tocar meu rosto,
olhos encorajodores cruzarem com os meus,
quando não houver o toque
e já assim minha pele se arrepie toda!
Quando antes do beijo,
meu corpo arda e essa ardência
for capaz de durar horas...
Quando palavras
entrarem por meus ouvidos,
instigando minha percepção.
Instigando meus instintos,
dominando tudo a minha volta,
quando a voz de uma pessoa
tomar conta de minha alma,
e eu for incapaz de lutar contra isso!
Quando em nada meus ideais se
assemelharem a um outro,
mas ainda assim,
o fogo abrasar minha pele
pelo simples manifesto de toque!
E se por ventura for tocada,
que o toque desse amor
se defina como uma lâmina,
que corta, mas queima,
que dói e faça o sangue jorrar,
que seja frio e provoque o torpor!
Quando for impossível beijar
e meio minuto após desejar outra coisa
que não seja outro
e outro, e mais outro beijo!
Que o beijo possa ser dilacerante,
que o beijo provoque arrepios
em partes censuráveis
e em todas as outras!
Só assim me permitirei amar novamente,
quando alguém fizer brotar um sorriso
de onde eu nem mesma saiba
como fazê-lo vir a tona!
Esse tipo de amor não é fácil
portanto é este mesmo
que eu desejo!
Pois eu amo o desconhecido!
O perigo, o impossível,
o incoerente,
o inacessível!