O amor que procuro

Amo aquilo que não conheço,

logo, amo o desconhecido!

Amo as pessoas

que nada acrescentam em minha vida,

mas amo!

E se amo,

por que temer?

Amar faz parte da vida,

não só da minha,

Mas eu amo

e serei capaz de amar sempre!!

Estou disposta a amar,

mas somente quando

uma brisa suave tocar meu rosto,

olhos encorajodores cruzarem com os meus,

quando não houver o toque

e já assim minha pele se arrepie toda!

Quando antes do beijo,

meu corpo arda e essa ardência

for capaz de durar horas...

Quando palavras

entrarem por meus ouvidos,

instigando minha percepção.

Instigando meus instintos,

dominando tudo a minha volta,

quando a voz de uma pessoa

tomar conta de minha alma,

e eu for incapaz de lutar contra isso!

Quando em nada meus ideais se

assemelharem a um outro,

mas ainda assim,

o fogo abrasar minha pele

pelo simples manifesto de toque!

E se por ventura for tocada,

que o toque desse amor

se defina como uma lâmina,

que corta, mas queima,

que dói e faça o sangue jorrar,

que seja frio e provoque o torpor!

Quando for impossível beijar

e meio minuto após desejar outra coisa

que não seja outro

e outro, e mais outro beijo!

Que o beijo possa ser dilacerante,

que o beijo provoque arrepios

em partes censuráveis

e em todas as outras!

Só assim me permitirei amar novamente,

quando alguém fizer brotar um sorriso

de onde eu nem mesma saiba

como fazê-lo vir a tona!

Esse tipo de amor não é fácil

portanto é este mesmo

que eu desejo!

Pois eu amo o desconhecido!

O perigo, o impossível,

o incoerente,

o inacessível!

Luandra Russo
Enviado por Luandra Russo em 22/04/2006
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