Mãe.

As flores de um novo tempo, já nascem despetaladas,

Mas não são tristes de ver, pétalas levadas com o vento, formando caminhos de reis.

Estrelas já nascem apagadas, mas com o propósito de serem cadentes, riscando-fulgindo o céu, carregando desejos dos homens.

De fantasias “ditos-cujos” vivem, apenas para ver o colorido da vida, por menor que seja.

Dos cristais quebrados, pequenos diamantes, da velha caixa dourada o ouro,

Entrelace sombrio de velhos enamorados, há tempos aplacados, laço vermelho, triste-solitário enfeitando os cabelos.

O câncer de hoje, leite e vida, alimentando sonhos.

Do teu seio amor, o calor que carrega pela vida, e dele sobrevivem os filhos,

Doce cantiga de ninar,

Carrego no meu seio, não o câncer que carrega no seu, carrego a certeza de que sou filho, amado, desejado.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 16/02/2009
Reeditado em 16/02/2009
Código do texto: T1443032