Ensina-me tua dança!
Vem! Ensina-me tua dança!!!
Leva-me pra dentro de ti
como os rios suscitam arvores temerosas!
Deita-te em mim
e arranca o melhor do mel!
Faz-me mar escravo de teu canto,
Embarcação entregue ao humor do tempo,
Ensina-me tua dança!
conduze-me pela mão na escuridão do dia
na brevidade da existencia!
Dá-me teu cheiro suave de primavera
pra que meus pulmões contemplem a liberdade
Dá-me teu toque menos esperado
pra que eu conheça a natureza e suas vontades
e saiba que vulcão ou botão nenhum de flor
vive a certeza de nosso tempo
E que romper alguem exige
estar atravessado de querer e coragem
pois morrer no gozo eterno
vem de viver as horas breves!