O Derradeiro Acordo

Fiz entrarem em armistício

Meu pensamento e minhas emoções

Foi bastante difícil no início,

Não são matérias de fáceis resoluções

Mas insisti no projeto

Fui rígido arquiteto

Dessa nova forma de ser

Não ser escravo do sentimento

Nem atado ao racional, padecer.

A cada um atribuí suas tarefas,

Com o oriental yin-yang em mente

Fi-los trabalhar em equipe

E não egoística-individualmente

Pois que cérebro e coração

Cada um sabe a que veio

Cada um é senhor de sua função

Cada qual é de seu domínio o esteio.

E me senti tão melhor feito isso!

Aprendi tanto e sofri tão menos depois

Pois que ser escravo de qualquer um

É colocar o carro na frente dos bois,

É nadar contra a correnteza

Ser escravo de cabeça (ou de coração)

É perder da vida metade de toda beleza.

O Círculo oriental inspira minha vida

Os extemos da vida em harmonia a girar

Criando o ritmo e a trilha a ser seguida

Mostrando o equilíbrio que devemos desfrutar!

Que o maniqueísmo tolo caia por terra,

Que o oito-ou-oitenta se torne passado.

Seja uma era de sofrimento que se encerra,

E um tempo de alegria se declare iniciado.

Que o tempestuoso círculo vicioso

De paixão-sofrimento-desilusão-paixão

Tenha fim sob a força daquele conjunto virtuoso

Trabalhando juntos, cabeça e coração

Criando um admirável mundo novo

Onde muitos males e exageros não haverão

E jamais me declararei apaixonado pela vida,

Pois a paixão é algo que tem sempre fim

Direi que sempre amei, e pra sempre amarei-te, vida!

Que paixão que nada... o amor é o meu sim.

Que a serenidade impere no mundo

A vida seja tal água calma do mar profundo

E declaro as tempestades foras-da-lei

Em nome do amor que agora, é rei.