DESENCANTO
Recentemente descobri
uma extensa indiferença,
tão por inteira, que
entre nós, representa
o fiel seguro da balança
da existência.
Nada consegue alterar
as belas coisas do
divulgado sentimento.
As águas podem rolar
para qualquer direção,
nada se faz para modificar
a reinante situação.
Quando somos incitados
para colher flores,
coisas da estação,
somos ornamentados por
atos de separação.
Se o calor é intenso,
apenas a taciturnidade se apresenta,
como forma de refrigério
para amenizar o sofrimento.
Quando chega o tempo de
procurar as folhas empobrecidas e caídas
no cenário da árvore da vida...
somos distantes,
somos vidas sofridas...
No tempo de aconchegar,
de se procurar para que
nada se perca de vista,
somos acobertados pela
insensibilidade e ação
da comoção.
Tudo isso nos tem destruído,
nos tem devorado,
mas, o que mais nos consome
é sabermos que os nossos momentos, todos eles,
foram jogados fora,
e, hoje, não sabemos onde estão...
Wil
Enviado por Wil em 04/05/2006
Reeditado em 05/05/2006
Código do texto: T150080