REQUIEM PARA A CANÇÃO*

Te sei tão pouco

como quase um louco:

Em mim porém,

serás sempre são.

Como quem inventou

a roda e o refrão.

Como quem cativou a rosa,

e na lua se fez dragão.

Te sei tão limite

como quase um palpite

sem opinião.

Em mim o refém,

será sempre o vilão.

Como quem capturou

da prosa a dor da paixão.

Como quem burlou as leis

e na trama traiu a razão

Te sei tão frágil

como quem quebra ágil

o som no violão.

Em mim o requiém,

será sempre pagão.

Como quem beijou

o corpo, me amou em comunhão.

Como quem sacramentou o acorde

e na loucura me fez canção...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 22/04/2009
Código do texto: T1553619
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