Para as mães que já se foram!

Procuro em tuas lembranças

Um sopro de serenidade para

amenizar as velas revoltas das minhas aflições.

Tua ausência me abriu um vazio no peito

e a terra tremendo sumiu sob os meus descalços pés

Vi-me, de repente, um adulto desfeito, transformado em uma pobre criança sem ilusões.

Como suportar a dor que a tua falta me faz?

Como encarar a triste realidade de ouvir a tua terna voz repetidas vezes ecoando em meu em meu cérebro se nunca mais a tua imagem marcará minhas pálidas retinas?

Tenho a mesma sensação de perda que tem os amputados, mas acho que extirparam a minha própria alma.

Oh! dor dos desconsolados!

Oh! agonia dos irremediados!

Devo seguir em frente, sempre de cabeça erguida,

Sem nunca ter que olhar para trás!

Este foi o oriente que me deste em vida

Estas palavras de motivação...

Mas, oh! mãe, se meus olhos e pés caminham

Na direção de uma vida vã

Por que meu coração teima em voltar ao passado

Para ficar mais um pouquinho ao teu lado

Na saudosa ternura de uma eterna manhã?

Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 14/05/2006
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