Desejos

O que és o desejo?

Por que quererá,

Um triste relampejo?

Se não o amará?

Sofreremos estas dores,

Por toda a eternidade?

Quereremos as flores,

Que nos alivia a saudade?

Nas alcovas, estão;

Nossa vida, nossa alma,

Nosso coração!

Quem manteria a calma?

Não precisamos de vitórias,

Desprezamos estas glórias.

Que escarnece aos ouvidos;

Que já tivessem perdidos.

Nos desejos, tombamos,

Na alegria do viver;

Na agonia do querer;

Mas na vida amamos!

Loucura e devaneio;

Prazer e luxúria,

De um amor verdadeiro;

Que clareia a penumbra!

Clarão retumbante!

Exclamam a vida,

Em som de poesia.

Os eternos amantes!

Amam sem saber,

Que não se vive sem o amor.

Só pensam em querer,

Querer viver o que já se foi!

Quem terá a coragem?

Quem não será covarde,

Diante de seus desejos?

Quem enfrentará seus medos?

No silêncio da noite escura,

Diante da luz da Lua,

Os amantes dizem:

Que o amor assistem!

Não há o que lamentar!

Não há porque querer,

Novamente prantear!

Apenas nos resta viver!

De uma alma cicratizada,

Semeia a flor da vida.

De uma vida desprezada,

Vive-se a eterna alegria!

Beppo
Enviado por Beppo em 23/05/2006
Reeditado em 23/05/2006
Código do texto: T161122