Desejos
O que és o desejo?
Por que quererá,
Um triste relampejo?
Se não o amará?
Sofreremos estas dores,
Por toda a eternidade?
Quereremos as flores,
Que nos alivia a saudade?
Nas alcovas, estão;
Nossa vida, nossa alma,
Nosso coração!
Quem manteria a calma?
Não precisamos de vitórias,
Desprezamos estas glórias.
Que escarnece aos ouvidos;
Que já tivessem perdidos.
Nos desejos, tombamos,
Na alegria do viver;
Na agonia do querer;
Mas na vida amamos!
Loucura e devaneio;
Prazer e luxúria,
De um amor verdadeiro;
Que clareia a penumbra!
Clarão retumbante!
Exclamam a vida,
Em som de poesia.
Os eternos amantes!
Amam sem saber,
Que não se vive sem o amor.
Só pensam em querer,
Querer viver o que já se foi!
Quem terá a coragem?
Quem não será covarde,
Diante de seus desejos?
Quem enfrentará seus medos?
No silêncio da noite escura,
Diante da luz da Lua,
Os amantes dizem:
Que o amor assistem!
Não há o que lamentar!
Não há porque querer,
Novamente prantear!
Apenas nos resta viver!
De uma alma cicratizada,
Semeia a flor da vida.
De uma vida desprezada,
Vive-se a eterna alegria!