ÁGUAS INSANAS*

Água morna em

pele crua:

quarto, cozinha, tortura...

Nós dois nas ruas,

nas horas frias

banhando luas...

Quentes, grávidas, puras.

Água corrente,

água serpente de algemas

duras...

Água fêmea de olhar

semblante, quase um desplante

tomar-te pura.

Que venha o vinho,

que venha a vez:

Valei-me plena

de insansatez.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 08/06/2009
Código do texto: T1638875
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.