Destroços da Caravela do Amor

Não é o vazio que assusta é a dor que queima

Uma sensação de perda que corta o coração

Que me faz resvalar para um abismo sentimental

Do qual a alma foge tentando alcançar o Céu

O que se faz ao Amor quando ele perde o Eco?

Como se diz ao coração PARA de bater

Sossega e repousa enquanto o peito chora baixinho

Enquanto a vida tenta tomar uma direcção

Expliquem às lágrimas para não escorrerem

Digam-lhes que foi só um pesadelo

Que o sol vai brilhar um dia ao acordar

E que eu vou sorrir quando o susto passar

O organismo sufoca envolvido pela dor

Densa e Cruel de sabor Amargo

E eu fico assim dorida e ressentida

Aqui sozinha com tanto para dar

Dilaceram-se os sentidos perdidos

Com as emoções vem o dessasossego

E eu gemo baixinho para ninguém ouvir

Para ninguém saber que eu estou Aqui

A minha face é chuva e nevoeiro

E o silêncio a minha maior pena

Nele eu me afundo e me deito

Num leito de espinhos que me devasta

E tudo aquilo que eu queria

Era tão somente ver-te e abraçar-te

E nesse silêncio não dizer mais nada

Apenas ouvir o bater do coração

Sonya
Enviado por Sonya em 15/06/2006
Reeditado em 03/07/2006
Código do texto: T176023