Lótus
Esta noite naveguei sem parar
Queria chegar logo ao porto da cidade
Lá me esperava um velho mercador
Alguém que não via desde a aurora de minha idade.
Durante a noite cantava uma música triste
Tão qual o meu nome poderia sugerir
Mas era tão bela quanto a mercadoria que deveria buscar
Mesmo sem saber se na realidade a pudesse conseguir.
No cais a neblina se fazia forte
Mas na escuridão o mercador impávido me esperava
Como havia sonhado com aquele momento
Ver de perto novamente a beleza que me encantava.
Dei ao homem o dinheiro devido
Com um sorriso ele me deixou e seguiu sua vida
Tinha enfim em minhas mãos o meu tesouro
Enfim tinha a alma de alegria reconstruída.
Sentei junto ao mar e fiquei a admirá-la
Era tão bela quanto me lembrava
Apenas ela me fazia chorar e não me importar
Vê-la novamente sempre foi o que sonhara.
Seu cheiro sempre inebriante
Mas com um grande mal nas mãos dos tolos
Ela sempre vai me lembrar o meu amor
Era uma linda flor, ela era a Lótus.