Lótus

Esta noite naveguei sem parar

Queria chegar logo ao porto da cidade

Lá me esperava um velho mercador

Alguém que não via desde a aurora de minha idade.

Durante a noite cantava uma música triste

Tão qual o meu nome poderia sugerir

Mas era tão bela quanto a mercadoria que deveria buscar

Mesmo sem saber se na realidade a pudesse conseguir.

No cais a neblina se fazia forte

Mas na escuridão o mercador impávido me esperava

Como havia sonhado com aquele momento

Ver de perto novamente a beleza que me encantava.

Dei ao homem o dinheiro devido

Com um sorriso ele me deixou e seguiu sua vida

Tinha enfim em minhas mãos o meu tesouro

Enfim tinha a alma de alegria reconstruída.

Sentei junto ao mar e fiquei a admirá-la

Era tão bela quanto me lembrava

Apenas ela me fazia chorar e não me importar

Vê-la novamente sempre foi o que sonhara.

Seu cheiro sempre inebriante

Mas com um grande mal nas mãos dos tolos

Ela sempre vai me lembrar o meu amor

Era uma linda flor, ela era a Lótus.

Bruno Dias
Enviado por Bruno Dias em 18/06/2006
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