A falta que me fazes

Ontem, a falta que me fazes

Avolumou-se feito as cachoeiras do Niágara

E invadiu-me todas as margens

Do sentimento e a razão ficou rasa.

Por isso ficou minúscula a minha casa

E apertados, insólitos os cômodos,

O peso da saudade sobre meus ombros

Sucumbia-me; eu, um condor sem asas.

Nunca me sentira, por fora, tão pequeno

Com, n’alma, um vácuo imenso, eloqüente.

Eternas as horas, porque estavas ausente.

Tornei-me raízes de tamarindo sem terreno.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 20/06/2006
Código do texto: T179192